terça-feira, 29 de julho de 2008

amo sim!!!! e daí????


Nunca desejei sentir algo
Mas agora que sinto, te desejo
Não um desejo fútil, nem um sonho pueril
Mas sim algo especial, que me permite desejar

Desejar partilhar algo especial com você
Poder viver suas esperiências
e poder no fim de nossas vidas
que vivemos uma só vida

Um só caminho
Uma só direção
Um só sentimento
Que é o amor


Te quero sem querer
te amo sem saber
que algo tão bom
poderia acontecer

Palavras não trarão você para mim
mas é o que tenho para oferecer
quando eu ler essas frases no futuro
verei minha fraqueza
mas com certeza irei sentir
o quanto era o puro
o meu amor por você

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Outra coisa (este texto não é meu, mas é legalzis)

O amor não é algo que te faz sair do chão e te transporta para lugares que nunca viste. O nome disso é avião. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que escondes dentro de ti e não mostras para ninguém. Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala. O nome disso é bronquite asmática. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que chega de repente e te transforma em refém. Isso se chama seqüestrador. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por onde passa. Isso se chama pombo com caganeira. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que tu podes prender ou botar pra fora de casa quando bem entender. Isso se chama cachorro. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que lançou uma luz sobre ti, te levou pra ver estrelas e te trouxe de volta com algo dele dentro de ti. Isso se chama alienígena. O amor é outra coisa. O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia mudar o que está diante de ti. Isso se chama controle remoto de TV. O amor é outra coisa.

"O amor é simplesmente... o amor."

sexta-feira, 11 de julho de 2008

O tão sonhado retorno

Hoje, acordei com uma boa lem- brança do tempo em que estáva- mos juntos e ao ligar o rádio, escutei a música " O Retorno de Saturno", da banda Detonautas.

Fico imaginando como seria retornar a amar... ou melhor, retornar a ser amado, pois nunca deixei de te amar. Admito que hoje já consigo imaginar meu futuro sem você. Não que eu queira, mas em conseqüência da sua decisão de amar outra pessoa.

Não há dúvida que nosso relacionamento foi a coisa mais especial que aconteceu em minha vida. Porém, tenho certeza que o retorno seria duplamente especial. Sigo minha vida, mas tenho que confessar que em vários momentos do dia, sonho com o seu retorno. O que faria da gente uma grande família feliz: Eu, você, a nenê e a Preta. :)

Segue a letra da música e renovou minha vontade de te amar novamente...

O Retorno de Saturno

Visão do espaço estamos tão distantes
Se acelero os passos sigo a voz do meu coração.
Ontem eu fui dormir mais tarde um pouco.

E tudo vai indo bem...

Venço o cansaço e medo do futuro.
No teu abraço é que encontro a cura do mal
Hoje eu acordei e te quis por perto.

Você não sai do meu pensamento
E eu me questiono aqui se isso é normal.
Não precisa ser de novo assim tudo igual.

Entre o retorno de saturno e o seu,
Busco uma resposta que acalme o meu coração.
Do amanhã não sei o que posso esperar.

Você não sai do meu pensamento
E eu me questiono aqui se isso é normal.
Você não sai do meu pensamento

E eu me pergunto aqui, se o natural
Vai dizer que o amor chegou no final.
Não precisa ser de novo assim tudo igual.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

chilli con bowie

Retornei aos teclados (q ñ são os de PC)! Finalmente ontem, após alguns meses com o Casio do JJ fora da caixa, resolvi ligar o plug na tomada e relembrar as partituras de "Ciranda Cirandinha" e "Sítio do Seu Lobato", hehe. É o início de um novo e promissor relacionamento com o mundo musical! :)) Pra comemorar, aproveito pra deixar aqui a minha versão semi-portunhol de um dos melhores sons *românticos* da década de 80. Foi feita sob encomenda pro projeto "Los 3 Incribles Paraguajos". Que baita potencial.

Modern Love (David Bowie)

I catch a paper boy / djo cato un piá
But things don't really change / las cosas nunca mudam
I'm standing in the wind / estoy piegando vento
But I never wave bye-bye / mas djo nunca digo adios
But I try, I try / solo a tentar, tentar

There's no sign of life / no hai sinal de vida
It's just the power to charm / é tudo poder de intriga
I'm lying in the rain / e fico a me molhar
But I never wave bye-bye/ mas djo nunca digo adios
But I try, I try / solo a tentar, tentar

Never gonna fall for / no me levo por
Modern love / modierno amor
walks beside me / anda a mi lado
Modern love / modierno amor
walks on by / anda pierto
Modern love / modierno amor
gets me to the church on time/ me leva ao culto na hora cierta

Church on time /na hora cierta
terrifies me / me apavora
Church on time / na hora cierta
makes me party / me faz festar
Church on time / na hora cierta
puts my trust in god and man / creio no hombre e no señor tambien
God and man / no señor tambien
no confessions/ sem palabras
God and man / no señor tambien
no religion / no religioso
God and man /señor tambien
don't believe in modern love/ no credito en modierno amor

quarta-feira, 2 de julho de 2008

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Problema no frasco

Pequeno veneno
Tão doce!
[se fosse]
Curtido em canela, pimenta, marcela

Não teria dado revertério
Não teria sido revertido
Em trauma, doença, castigo!
Teria tampouco - matado e morrido.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Rosemarie virou política. Heitor, chefe de almoxarifado. A vida seguiu caminhos distintos, mas o gosto por tomar cerveja em copos de vidro... nunca mais foi mesmo. O bailinho no clube da cidade era igual a todos os outros. Ela, de brinco de pérolas e franja meio suada, já colada na testa, erguia o bilhete ao garçom. Do outro lado do balcão, paninho jogado por cima do ombro, prontamente o pingüim de gravata borboleta pegou a cerveja do refrigerador.

O barulho efervescente encheu o copo e enevoou as estrias, provando por a mais b que a temperatura da bebida era tudo aquilo que ela esperava. “Mulher que bebe em balcão? Não com esses trajes, esse cabelo, essa postura”, pensou Heitor, encostado no pilar. Observava Rosemarie há poucos segundos e já havia formado uma profunda opinião sobre ela. “Deve ser uma cocotinha burra que acha que pode ser rude só para mostrar que sabe fazer algo além de falar sobre novela”. Rosemarie acendeu um cigarro, virou-se, esfregou as costas no balcão. Ainda não havia reparado no moleque bestinha que fazia pose de superior mesmo enfiado numa camisa brega com um cinto ainda mais lamentável.

“Não combinam, ao menos deve ter se vestido sozinho”, pensou e riu. Tragou, cuspiu a fumaça e deu mais um gole. Enquanto degustava a cerveja em meio a pensamentos aleatórios, três garotas de saia se empoleiravam ao seu lado, cada qual retirando uma garrafa de Fanta e canudinhos. As risadinhas agudas e descompensadas mostravam que certamente vieram ao baile por causa de algum garoto. Era toda vez a mesma história, ficar de bobeira, esperando num canto até algum rapaz vir convidar para dançar. Para evitar essa situação deprimente, Rosemarie era precavida: trazia sempre o Antenor a tiracolo.

Rose e Antenor dançavam juntos porque gostavam de dançar e não porque gostavam um do outro de modo romântico. Vinham no Fusca do pai dele, com rádio ligado no máximo, buzinando para todos os pedestres e cachorros de quatro patas que transitassem pelas calçadas. Ninguém entendia muita coisa, mas era certo que eram apenas amigos. Até porque, a cada duas ou três danças, Rose dava uma folga, ia buscar sua própria cerveja e o pé de valsa tinha carta branca pra dançar com quem quisesse.

Olha lá, e não era o Antenor no meio do salão com uma das meninas da Fanta de canudinho? Acenou com a cabeça e o parceiro no crime respondeu com uma piscadinha, mostrando a língua de modo constrangedor. “É, tio, vou ter que pegar um táxi”, disse, se debruçando sobre o balcão. O garçom lavava copos e sequer ouviu, ou fez que não ouviu. Ela apagou o cigarro, verificou os pertences na bolsa e saiu em direção à porta. Nem mesmo o garçom estava lhe dando atenção, achou melhor ir embora para casa.

Sentado na escada, olhando o movimento da rua, Heitor bebericava direto da garrafa. Pousou-a para coçar a perna e só ouviu o estilhaço, seguido de um palavrão. “Meeeerda”. Era a pseudo-rebelde do balcão que acabava de chutar a cerveja. “Eita, tansa”, falou sem perceber que estava pensando alto. “Tansa é a tua vó, que te dá essas camisas de Natal”, respondeu Rose. Ela xingou o sapato e desceu os degraus restantes desviando dos cacos e ajeitando o cabelo.

“Eii, a minha cerveja!”. Heitor era filho único e, portanto, do tipo mimado. “Estava na metade e eu ainda quero o resto!”. Rosemarie parou no meio da brita. Abriu a bolsa, tirou o porta-moedas e se voltou em direção ao infeliz da escadaria. “Compra outra e vê se aprende a usar copos”, resmungou, estendendo a pilha de moedas. Heitor colocou as mãos no quadril, fez cara de cínico e lançou o desafio. Se era para beber no copo, que ela ensinasse, que fosse lá dentro comprar e mostrasse as maravilhas de ser uma pessoa teoricamente civilizada.

Comprou a cerveja, pediu dois copos e voltou para o topo da escada. Encostou o tronco na parte fechada da porta e serviu o moleque malcriado. Ele ergueu a taça como quem pedia um brinde, mas ela ignorou, reparava nos traços do pretensioso com quem agora dividia a cerveja. Muito magro, cabelo um pouco desgrenhado, nada de barba. Ele percebeu o interesse da garota e se sentiu bem. “Qual sua novela preferida?”, perguntou Heitor, em tom irônico.

Quatro a cinco cervejas depois, entre garrafas buscadas por ela ou por ele, descobriram que ela não gostava de novelas, que ele realmente não sabia se vestir, que torciam pro mesmo time de futebol. Tinham o mesmo senso de humor, por isso riram, gargalharam e trocaram olhares... várias vezes. Nisso, o sol já havia baixado e agarrado na menina da Fanta, lá vinha Antenor, tentando descer a escadaria sem tropeçar.

Ao longe, um idiota qualquer encostado numa Brasília começava a esbravejar. Aline tinha namorado. E o namorado era burro feito uma mula, mas grande feito um cavalo. Antenor, coitado, estava mais para pangaré. Naquela noite, apanhou muito, perdeu dentes, rasgou a camisa e foi humilhado defronte o Clube. Pior de tudo, fez Rose deixar para trás os copos de cerveja na escadaria.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Aió, Silver


Bem, o quero dizer neste breve post é que a brevidade faz parte urgente e latente da nova vida… Não uma brevidade superficial como um piscar de olhos, mas uma brevidade complexa que mescla momentos de brilho e obscuridade…

Esta vida, às vezes parece uma corrida de cavalos. Porém, somente pangarés, que capengam e sofrem para superarem uns aos outros, sendo que mesmo que um vença, ainda será um pangaré. Acho que cheguei ao ponto crucial deste devaneio poeril: todos somos selados… Uns para a vitória, outros para a derrota e raros são os sortudos torcedores e apostadores nesses miseráveis coadjuvantes…

Para quem quis ser breve, excedi na acidez. Porém, não pequei na falta de lucidez… e só pra dizer que fui… Xau

quarta-feira, 7 de maio de 2008

terça-feira, 6 de maio de 2008

Love is just a game


The Magic Numbers sussurra, quase soluçando, a canção matinal para o dia de hoje. I'm an honest mistake that you made, did you mean to. Logo após, o refrão diz que o amor é só um jogo, uma mentira e que acontece o tempo todo. Até não duvido. Acho que ainda não captei bem esse negócio de amor. Diria o Chaves que sou jovem ainda, jovem ainda... mas um dia velha serei. O pior é que, com o passar do tempo, as minhas teorias sobre esse tal sentimento estão cada vez mais capengas.

Apaixonar e desapaixonar. Esse lance aparece nas minhas histórias quase sempre de maneira bastante singela. Às vezes rápida, constantemente rasteira. Só que paixão e amor estão dentro daquela máxima filosofia de boteco, né? Aquela, que diz que uma coisa é uma coisa, que outra coisa é outra coisa e que focinho de porco não é tomada.

Por longo tempo, era convicta de que amor *de verdade* era aquele que dura pela vida toda. Sabe? Tipo amor de mãe por um filho, que por mais esquisito que seja, é todo ímpar e especial. Ou o amor que a gente sente por um bichinho de estimação. Se ele morrer, podem vir a existir outros bichinhos, mas a lembrança e o carinho jamais serão os mesmos.

Tá, daí um dia, depois de curtir muita galinhagem, resolvi tentar descobrir o tal do amor na prática. Fui me meter em namoro "sério". Só que a primeira experiência... baita frustração! Nem paixão não tinha! Foi triste e perigoso. Ao menos, descobri que teimosia pouca é bobagem, a gente não aprende a gostar de ninguém por osmose. Por mais que a pessoa goste de ti e acredite que possa fazer sua cabeça, não adianta. É chato, mas é assim que as coisas funcionam.

Acho que se for pra relatar o amor na sua forma mais pura e misteriosa, creio que tenho uma memória posterior que me ajuda. Envolve fazer amor. Sem muitos detalhes, pq esse blog não é kinky. Mas se resume em quase respirar uma pessoa, sentir o que ela sente e ouvir o mundo redondo alheio, girando. Até as cores derretiam, a sensação era de que tudo podia acabar e que nada mais importava.

Por falar em acabar, o relacionamento que promoveu tamanha experiência sinestésica acabou. O que me confunde outra vez, pq se era amor, o combinado não era de ser para sempre?!

Bom, vou ser ríspida e dizer que os contos de fadas estão todos errados. Os filmes românticos também. Hoje, vou acreditar na definição de amor dos Magic Numbers: just an honest mistake that you make. And that you mean to. E pronto. Por hora basta.

terça-feira, 29 de abril de 2008


O amor só vive pelo sofrimento e cessa com a felicidade; porque o amor feliz é a perfeição dos mais belos sonhos, e tudo que é perfeito, ou aperfeiçoado, toca o seu fim
. (Camilo Castelo Branco)

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eu e minha caneca


Desde o período paleozóico da minha existência, sou fissurado por uma boa xícara de café. Acredito na teoria disseminada pelo jogo “The Sims”, que um tanto de café dá uma certa energia em nosso esgotado organismo. No meu trabalho, temos duas oportunidades diárias para tomar o cafezinho sagrado e, via de regra, sempre marco presença na cozinha. Sempre fiquei agoniado em tomar café naqueles copinhos, pois altera um pouco o sabor. Ainda por cima, diz a boca pequena, o plástico após ser aquecido pelo líquido libera substâncias que provocam câncer.

Certo dia, uma intervenção divina fez um representante de medicamentos me dar uma caneca e realizou meu nobre desejo de ter meu próprio receptáculo de cafeína. Mas essa caneca me fez refletir que, apesar de ela ser importante pra mim apenas duas vezes por dia e ficar o resto do dia sem qualquer ocupação, ela realiza sua missão na terra de uma forma eficiente.

Fico pensando que era isso que realmente importa na vida: a gente entender que nossa existência é importante para alguém e saber valorizar isso. Por isso, hoje eu queria ser uma caneca de café e ser essencial para alguém pelo menos duas vezes ao dia.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O mundo dá voltas

Um velhinho bem bacana um dia me explicou porque vira e mexe a gente reencontra pessoas de um passado longuínquo. "É porque o mundo é redondo", me esclareceu o seu Fritz (prefiro chamá-lo assim pq só sei q o sobrenome dele é Züge).

Ou seja: a gente anda anda e, por conta da redondeza do mundo, de tempos em tempos, acaba que acontecem os trumbincamentos. Gosto dessa teoria do seu Fritz. Mas neste instante ela não me remete a encontros/desencontros, nem ao filme da Sophia Coppola. Divago sobre a teoria do mundo redondo pq estou numa neura pra ir embora.

Pela numerologia, reza a lenda que 2008 é o ano do recomeço (2+0+0+8=10=>1+0=1). Ando irriquieta com esse tal de recomeço. Se as coisas devem sempre começar pelo começo, por onde se começam as coisas do recomeço?

Venho a crer que deve ser meio longe daqui. O daqui se refere ao ponto em que me encontro neste mundo redondo. Algo a ver com o lance do espaçum-momentum que o Doc Brown saberia explicar com um toco de giz pro Marty Mcfly. Há épocas em que a gente se empolga por trivialidades e épocas em que a gente quer ser mártir, estufar o peito e sair dando round house kicks por aí. Eu tô no limbo, eu acho. Bem lá, no Lost, onde foi parar o padre dos balões.

Por um tempo, queria poder funcionar no modo operacional "abstrair", algo como tirar férias de mim mesma. Mas acho que rola mais fácil eu dar uma bandinha pelo mundo redondo, enfrentar uns terremotos.Até porque uma hora a gente volta se reencontrar, né não? Ninguém me tira que o seu Fritz sabe das coisas.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Hey Ho, Let´s Go

Todos os pensamentos que tento organizar nesse exato momento estão sempre ligados a uma única pessoa: EU. Egoísmo à parte, a minha felicidade é somente interesse meu e de mais ninguém. Sou uma pessoa melhor quando estou feliz, mas o que tenho que esperar pra ser feliz? Aceitar a subjetividade dos subterfúgios para fugir da minha insegurança e ficar procurando o amor, como um porco procura trufa?

Acho que não. Vou aceitar que amo alguém que move meu mundo de uma maneira furiosa e poética. Já aprendi a conviver com sua ausência. A solidão é minha companheira e com ela consigo ver mais vida a cada momento em que vivo. Estou aprendendo a enxergar o valor de poder viajar em silêncio com meus pensamentos e viver um momento de planejamentos individualistas.

Ainda quero casar e ter filhos, mas se for pra ser o velho ancião da minha aldeia, vou aceitar com muita felicidade... Pois se a felicidade não move o mundo, pelo menos deixa ele um pouco melhor...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Frio, café com leite e bolinhas

O quati que dormiu nas minhas costas o dia todo deu e não deu nos nervos. Deu, porque estar em stand by é um tanto quanto triste. E não deu porque é resultado dessa chuva mansinha que provoca uma sensação gostosa de aconchego aqui dentro.

Em suma, tá ficando frio e estar no frio (frio não provocado por condicionadores de ar artificiais) é sensacional. Mesmo que, na ocasião, todo subsídio disponível para se proteger do frio seja um croc, um copo de café com leite de quinta categoria e um casaco meia malha de bolinhas azuis, pretas e amarelas.

O frio é sensa, é sim. É sensa porque quando a gente sente frio, quase nunca se lembra de como é sentir calor. Quem aí se lembra do desconforto pleno de um bafo quente rodeando o ambiente em espirais? Nem de longe. O frio pode ter seus infortúnios, mas é o calor que sabe ser uma verdadeira tortura. Não à toa que o inferno é comumente associado a labaredas e cores quentes.

O diabo gosta, porque suar é um ato tão indigno que beira a essência do grotesco. Suar na bunda é grotesco, mesmo se não fosse na “bunda”. Pode ser em qualquer outra parte do corpo menos engraçadinha: suar na testa, nas costas, no sovaco, atrás do joelho. Prefiro mil vezes me molhar nessa chuva fininha e ficar com atchins catarrentos pelo resto da semana. Prefiro mesmo.

Só não gosto de pensar que o frio vai passear *sozinho* pelo corredor esse ano. A gente desacostuma ao hábito de caminhar com as próprias pernas, sem segurar na mão de outra pessoa, né não? Nah, pára tudo. Existem luvas, existem luvas... e copos de plástico com café com leite de quinta categoria para esquentar as mãos. Logo, não há razão para preocupações.

Vivas ao tempo frio avulso, pois não há certeza alguma sobre a chegada de uma frente fria austral. É só o frio muito frio que preocupa, porque há quem fique doente e até morra por causa do frio muito frio. Vale lembrar que é pra isso que existem os abraços. Pra não, nunca, deixar ninguém passar por um frio muito frio. Então, fico eu aqui abraçada internamente ao meu casaco de bolinhas, bem feliz da vida. Juro! :)