terça-feira, 6 de maio de 2008

Love is just a game


The Magic Numbers sussurra, quase soluçando, a canção matinal para o dia de hoje. I'm an honest mistake that you made, did you mean to. Logo após, o refrão diz que o amor é só um jogo, uma mentira e que acontece o tempo todo. Até não duvido. Acho que ainda não captei bem esse negócio de amor. Diria o Chaves que sou jovem ainda, jovem ainda... mas um dia velha serei. O pior é que, com o passar do tempo, as minhas teorias sobre esse tal sentimento estão cada vez mais capengas.

Apaixonar e desapaixonar. Esse lance aparece nas minhas histórias quase sempre de maneira bastante singela. Às vezes rápida, constantemente rasteira. Só que paixão e amor estão dentro daquela máxima filosofia de boteco, né? Aquela, que diz que uma coisa é uma coisa, que outra coisa é outra coisa e que focinho de porco não é tomada.

Por longo tempo, era convicta de que amor *de verdade* era aquele que dura pela vida toda. Sabe? Tipo amor de mãe por um filho, que por mais esquisito que seja, é todo ímpar e especial. Ou o amor que a gente sente por um bichinho de estimação. Se ele morrer, podem vir a existir outros bichinhos, mas a lembrança e o carinho jamais serão os mesmos.

Tá, daí um dia, depois de curtir muita galinhagem, resolvi tentar descobrir o tal do amor na prática. Fui me meter em namoro "sério". Só que a primeira experiência... baita frustração! Nem paixão não tinha! Foi triste e perigoso. Ao menos, descobri que teimosia pouca é bobagem, a gente não aprende a gostar de ninguém por osmose. Por mais que a pessoa goste de ti e acredite que possa fazer sua cabeça, não adianta. É chato, mas é assim que as coisas funcionam.

Acho que se for pra relatar o amor na sua forma mais pura e misteriosa, creio que tenho uma memória posterior que me ajuda. Envolve fazer amor. Sem muitos detalhes, pq esse blog não é kinky. Mas se resume em quase respirar uma pessoa, sentir o que ela sente e ouvir o mundo redondo alheio, girando. Até as cores derretiam, a sensação era de que tudo podia acabar e que nada mais importava.

Por falar em acabar, o relacionamento que promoveu tamanha experiência sinestésica acabou. O que me confunde outra vez, pq se era amor, o combinado não era de ser para sempre?!

Bom, vou ser ríspida e dizer que os contos de fadas estão todos errados. Os filmes românticos também. Hoje, vou acreditar na definição de amor dos Magic Numbers: just an honest mistake that you make. And that you mean to. E pronto. Por hora basta.

Um comentário:

Vivian Althoff disse...

o mais provável é que a experiência tenha sido de amor. eterno pelo tempo que durou.