segunda-feira, 28 de abril de 2008

Eu e minha caneca


Desde o período paleozóico da minha existência, sou fissurado por uma boa xícara de café. Acredito na teoria disseminada pelo jogo “The Sims”, que um tanto de café dá uma certa energia em nosso esgotado organismo. No meu trabalho, temos duas oportunidades diárias para tomar o cafezinho sagrado e, via de regra, sempre marco presença na cozinha. Sempre fiquei agoniado em tomar café naqueles copinhos, pois altera um pouco o sabor. Ainda por cima, diz a boca pequena, o plástico após ser aquecido pelo líquido libera substâncias que provocam câncer.

Certo dia, uma intervenção divina fez um representante de medicamentos me dar uma caneca e realizou meu nobre desejo de ter meu próprio receptáculo de cafeína. Mas essa caneca me fez refletir que, apesar de ela ser importante pra mim apenas duas vezes por dia e ficar o resto do dia sem qualquer ocupação, ela realiza sua missão na terra de uma forma eficiente.

Fico pensando que era isso que realmente importa na vida: a gente entender que nossa existência é importante para alguém e saber valorizar isso. Por isso, hoje eu queria ser uma caneca de café e ser essencial para alguém pelo menos duas vezes ao dia.

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